sábado, 18 de maio de 2013

CENA DEZ





NA REDE COM O ZECA



8 de setembro de 2012

ZECA: <E aí, mano, vamos beber a loucura do tempo?>

MÁRIO < E aí rapaz! Vamos beber onde?>

ZECA <Em qualquer lugar. O mundo é tão grande.>

MÁRIO: <Mundo Mundo, Vasto Mundo, se eu não me chamasse Raimundo...>

ZECA: <Cara, tenho trabalhos prontos pra te mostrar.>

MÁRIO:  <Bacana. Devo ir ao centro esta semana. Me diz quando podemos nos encontrar.>

ZECA: <93667911. Copiou?>

MÁRIO: <Copiado. Te ligo!>

ZECA: <Valeu!>

MÁRIO: <Deixa só te dizer, o Chaplin está organizando um evento de arte que vai rolar aí no Santo Antônio e estou pensando em fazer uma performance, tipo, um stripper enquanto você toca uma flautinha fantasiado de fauno, aí depois, nu, eu declamo uma poesia bem ácida, que tal? Faz tempo que a gente não joga meleca no ventilador, ou faz chover no piquenique de alguém, como aquele dia lá no Teatro Chaminé, lembras?>

ZECA: <Tenho que beber muito de cara, ando medroso, mas isso é um belo despertar espiritual...kkkkkkkkkkkkkkkkk>

MÁRIO:  <Está só um pouco destreinado, tudo que precisas fazer e tocar uma flauta e deixar o resto comigo. É tudo improviso, e depois a performance vai cair bem com a proposta do tema da festa que é Rock arte e putaria. Olha, houve um evento no Rio Negro no último sábado chamado Primavera Árabe e me convidaram pra declamar uns poemas, então eu fui fantasiado de árabe sem nada por baixo e declamei um poema sobre o genocídio na Síria e fiquei nu, só que ninguém esperava – essa gente não espera nada, mas a performance segundo me disseram foi espetacular, acho que estou começando a ficar bom em poemas de improviso. Criando, saca, o meu próprio teatro dos horrores; o teatro do caos, do absurdo mesmo.>

ZECA: <Ando muito medroso, mas bêbado, quem sabe a gente naum pira.>

MÁRIO: <Tomaremos umas antes na tua casa mesmo que é pra relaxar. Ouvir uma boa música pra inspirar, depois a gente parte pra lá. Vai ser na Ponta do Vento. Deixa eu ver aqui a data. Vai ser no sábado, dia 15 de setembro.>

ZECA: <Semana que vem vamo lá!>

MÁRIO: <Fechado.>

22 de setembro de 2012

ZECA: <Vamos beber?>

MÁRIO: <Cara, enchi a cara ontem. Mais tarde vou a um aniversário onde vai rolar muita cerveja e eu preciso me recuperar da ressaca e partir pra outra, tu precisas vir aqui em casa, você.>

24 de setembro de 2012

ZECA: <E MEU LIVRO? JA TÁ ANDANDO ?

MÁRIO: <ainda estou pescando os textos. esta semana, finalizo.>

25 de setembro de 2012

MÁRIO: <MANDA UMA FOTO TUA PRA BOTAR NA CONTRACAPA. MANDA PRO E-MAIL DA NOSSA REVISTA.>

MÁRIO OUTRA VEZ: < Já consegui a tua foto. Já tenho os poemas. Vou trabalhar no seu livrinho este fim de semana. Um forte abraço, mano!>

13 de fevereiro

ZECA: <E AI MANO? TEM UM SARAU QUARTA FEIRA QUE VEM AQUI NA FEIRA DO SANTO ANTÔNIO. VEM PRA GENTE GRITAR POESIA E ENCHER A NOSSA ALMA DE CERVEJA.>

MÁRIO: <Já é! Estarei lá. Me diz só o horário. Irei com certeza.>

ZECA: <VAI O CONVITE PRO TEU MEU MURAL, COMPARTILHA.>

MÁRIO: <certo estarei lá
              me aguarda!
             estou com um texto novo
             posso fazer uma leitura encenada dele.>

ZECA: <VAI SER MUITO DO CARALHO, VÉIO. CHEGA TÁ COÇANDO.>

MÁRIO: <CHAMA-SE: FELICIDADE É VER SUA MÃE MORRENDO COM UM CÂNCER NO CU. UM TROÇO BEM AMARGO E POLÊMICO. MAS, ACHO QUE ROLA, NÃO ROLA?>

ZECA: < TEM POEMAS NOVOS AI NO MURAL. TÔ ESCREVENDO RECEITUÁRIO.>

MÁRIO: <CERTO! PEGAREI ALGUNS PARA BOTAR NA  REVISTA.>

ZECA: <BLZ! TÁ DO CARALHO. ESTOU SENDO VIGIADO PELA LÚCIA TINOCO.>

MÁRIO: <E quem é essa praga?>

ZECA:  <UMA AMIGA QUE SE DISPONIBILIZOU A ME COLOCAR NOS EIXOS....KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK>


MÁRIO: <mas não se põe poetas nos eixos, que porra é essa? ainda mais você.>

ZECA: <ELA ANDA ÁVIDA DESSE DESEJO.>

14 de abril

ZECA: <E AI SUMIDO? VAMOS BEBER?>

MÁRIO: <PREPARANDO A NONA EDIÇÃO DA REVISTA.
PEGUEI UNS POEMAS SEUS NO GUETO para serem publicados.>

ZECA: TU NÃO DESISTE. É IMPRESSIONANTE O FÔLEGO DESSA REVISTA. QUANDO VAI TÁ PRONTA?>

MÁRIO: <penso que no final de maio. ou até antes, quem sabe.>

24 de abril

ZECA: <diga lá!!

30 de abril

ZECA: <fala, Mário.>

MÁRIO: <e aí cabra? quando tomaremos umas?>

ZECA: <eu já tô abrindo 1 latinha. OUVIU O TRACCC?

MÁRIO: <ouvi e isso machuca muito, mas ficarei por aqui por casa tomando umas também, só que mais tarde quem sabe.... esse  traaacc que é foda.>

ZECA: <TÁ LENDO MINHAS MALANDRAGENS NOVAS?

MÁRIO: <coisas novas?>

ZECA:  <RELEMBRANDO MINHAS PUTARIAS DE MENINO.>

MÁRIO: <certo.>

ZECA: <SE COLAR COMPILO E PUBLICO.>

MÁRIO: <farei uma visitinha no teu blog.>

ZECA: <TÔ POSTANDO AQUI MESMO NO FACE.>

MÁRIO DEPOIS DE UNS MINUTOS: <cara, estou lendo a cuspideira. li.
                 hilariante!
                 tem outras nessa linha?>
ZECA: <TEM VÁRIAS>

MÁRIO: <posso selecionar umas cinco assim e publicar na número nove. seria interessante o leitor conhecer tuas resenhas.>

ZECA: < TÔ CHAMANDO DE OBSTINADO.>

MÁRIO: <já copiei a cuspideira. tem outra que me recomende? pegaremos umas três assim curtinhas e publicaremos na número nove. peguei a procissão e a primeira namorada.>

2 de maio

MÁRIO: <Me ocorreu outro dia um título perfeito para esse seu novo trabalho: Crônicas do filho da Carvoeira. Que acha? Levando em consideração um dos títulos que você usou em uma das crônicas...>

13 de maio

MÁRIO: <e aí Zeca?>

ZECA: <fala mano!>

MÁRIO: <como vão as crônicas? selecionei umas cinco para serem publicadas. até sugeri um título, CRÔNICAS DO FILHO DA CARVOEIRA, pois que são bem autênticas.>

Hoje

ZECA: <TEM A GALINHADA AÍ?>

MÁRIO: <já estou lendo.>


ZECA: <JÁ ESTOU BEBENDO BRAHMA.>

MÁRIO: <ontem enchi a cara aqui em casa na companhia do Victor Hugo que veio me visitar e me mostrar um texto novo.
e tuas crônicas estão maravilhosas, cara,
junte-as e publique em um livro.>

ZECA: <DEIXA ROLAR>

MÁRIO: <continue escrevendo. quero ver é o circo pegar fogo e todos os palhaços morrerem queimados.>

ZECA: <PORRA! TÁ DOS VERA.>


MÁRIO: <ando numa angústia filha da puta!>
ZECA: <E EU CHEIO DE NOVIDADES>

MÁRIO: <o legal é que tu sabes bem afinar o teu canivete
                  ele entra na carne do leitor que ele nem sente
                  enquanto daqui eu cuspo fogo pelos olhos
                  e urino ácido na cara dessa gente.>

12:09

ZECA: SOMOS DA RAÇA DO ETERNO, OS OUTROS, FANFARRÕES.
A GENTE É UNIDO.>

Fim da conversa no bate-papo






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