NA REDE COM O
ZECA
8 de setembro de
2012
ZECA: <E aí, mano, vamos beber a loucura do
tempo?>
MÁRIO
< E aí rapaz! Vamos beber onde?>
ZECA <Em qualquer lugar. O mundo é tão grande.>
MÁRIO: <Mundo Mundo, Vasto Mundo, se eu não me
chamasse Raimundo...>
ZECA: <Cara, tenho trabalhos prontos pra te
mostrar.>
MÁRIO:
<Bacana. Devo ir ao centro esta semana. Me diz quando podemos nos
encontrar.>
ZECA: <93667911. Copiou?>
MÁRIO:
<Copiado. Te ligo!>
ZECA:
<Valeu!>
MÁRIO: <Deixa só te dizer, o Chaplin está
organizando um evento de arte que vai rolar aí no Santo Antônio e estou
pensando em fazer uma performance, tipo, um stripper enquanto você toca uma
flautinha fantasiado de fauno, aí depois, nu, eu declamo uma poesia bem
ácida, que tal? Faz tempo que a gente não joga meleca no ventilador, ou faz
chover no piquenique de alguém, como aquele dia lá no Teatro Chaminé,
lembras?>
ZECA:
<Tenho que beber muito de cara, ando medroso, mas
isso é um belo despertar espiritual...kkkkkkkkkkkkkkkkk>
MÁRIO: <Está
só um pouco destreinado, tudo que precisas fazer e tocar uma flauta e deixar
o resto comigo. É tudo improviso, e depois a performance vai cair bem com a
proposta do tema da festa que é Rock arte e putaria. Olha, houve um evento no
Rio Negro no último sábado chamado Primavera Árabe e me convidaram pra
declamar uns poemas, então eu fui fantasiado de árabe sem nada por baixo e
declamei um poema sobre o genocídio na Síria e fiquei nu, só que ninguém
esperava – essa gente não espera nada, mas a performance segundo me disseram
foi espetacular, acho que estou começando a ficar bom em poemas de improviso.
Criando, saca, o meu próprio teatro dos horrores; o teatro do caos, do
absurdo mesmo.>
ZECA: <Ando muito medroso, mas bêbado, quem
sabe a gente naum pira.>
MÁRIO: <Tomaremos umas antes na tua casa mesmo
que é pra relaxar. Ouvir uma boa música pra inspirar, depois a gente parte
pra lá. Vai ser na Ponta do Vento. Deixa eu ver aqui a data. Vai ser no
sábado, dia 15 de setembro.>
ZECA:
<Semana que vem vamo lá!>
MÁRIO: <Fechado.>
22 de setembro
de 2012
ZECA: <Vamos beber?>
MÁRIO: <Cara, enchi a cara ontem. Mais tarde
vou a um aniversário onde vai rolar muita cerveja e eu preciso me recuperar
da ressaca e partir pra outra, tu precisas vir aqui em casa, você.>
24 de setembro
de 2012
ZECA: <E MEU LIVRO? JA TÁ ANDANDO ?
MÁRIO:
<ainda estou pescando os textos. esta semana, finalizo.>
25 de setembro
de 2012
MÁRIO: <MANDA UMA FOTO TUA PRA BOTAR NA
CONTRACAPA. MANDA PRO E-MAIL DA NOSSA REVISTA.>
MÁRIO
OUTRA VEZ: < Já consegui a
tua foto. Já tenho os poemas. Vou trabalhar no seu livrinho este fim de
semana. Um forte abraço, mano!>
13 de fevereiro
ZECA: <E AI MANO? TEM UM SARAU QUARTA FEIRA
QUE VEM AQUI NA FEIRA DO SANTO ANTÔNIO. VEM PRA GENTE GRITAR POESIA E ENCHER
A NOSSA ALMA DE CERVEJA.>
MÁRIO:
<Já é! Estarei lá. Me diz só o horário. Irei com
certeza.>
ZECA: <VAI O CONVITE PRO TEU MEU MURAL,
COMPARTILHA.>
MÁRIO:
<certo estarei lá
me aguarda!
estou com um texto novo
posso fazer uma leitura encenada dele.>
ZECA:
<VAI SER MUITO DO CARALHO, VÉIO. CHEGA TÁ COÇANDO.>
MÁRIO: <CHAMA-SE: FELICIDADE É VER SUA MÃE
MORRENDO COM UM CÂNCER NO CU. UM TROÇO BEM AMARGO E POLÊMICO. MAS, ACHO QUE ROLA,
NÃO ROLA?>
ZECA:
< TEM POEMAS NOVOS AI NO MURAL. TÔ ESCREVENDO RECEITUÁRIO.>
MÁRIO:
<CERTO! PEGAREI ALGUNS PARA BOTAR NA REVISTA.>
ZECA:
<BLZ! TÁ DO CARALHO. ESTOU SENDO VIGIADO PELA LÚCIA
TINOCO.>
MÁRIO: <E quem é essa praga?>
ZECA: <UMA
AMIGA QUE SE DISPONIBILIZOU A ME COLOCAR NOS EIXOS....KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK>
MÁRIO:
<mas não se põe poetas nos eixos, que porra é
essa? ainda mais você.>
ZECA:
<ELA ANDA ÁVIDA DESSE DESEJO.>
14 de abril
ZECA: <E AI SUMIDO? VAMOS BEBER?>
MÁRIO: <PREPARANDO A NONA EDIÇÃO DA REVISTA.
PEGUEI UNS POEMAS SEUS NO GUETO para serem
publicados.>
ZECA: TU NÃO DESISTE. É IMPRESSIONANTE O FÔLEGO
DESSA REVISTA. QUANDO VAI TÁ PRONTA?>
MÁRIO: <penso que no final de maio. ou até
antes, quem sabe.>
24 de abril
ZECA: <diga lá!!
30 de abril
ZECA:
<fala, Mário.>
MÁRIO: <e aí cabra? quando tomaremos umas?>
ZECA: <eu já tô abrindo 1 latinha. OUVIU O TRACCC?
MÁRIO: <ouvi e isso machuca muito, mas ficarei
por aqui por casa tomando umas também, só que mais tarde quem sabe....
esse traaacc que é foda.>
ZECA: <TÁ LENDO MINHAS MALANDRAGENS NOVAS?
MÁRIO: <coisas novas?>
ZECA: <RELEMBRANDO
MINHAS PUTARIAS DE MENINO.>
MÁRIO:
<certo.>
ZECA: <SE COLAR COMPILO E PUBLICO.>
MÁRIO: <farei uma visitinha no teu blog.>
ZECA: <TÔ POSTANDO AQUI MESMO NO FACE.>
MÁRIO DEPOIS DE UNS MINUTOS: <cara, estou
lendo a cuspideira. li.
hilariante!
tem outras nessa linha?>
ZECA:
<TEM VÁRIAS>
MÁRIO: <posso selecionar umas cinco assim e
publicar na número nove. seria interessante o leitor conhecer tuas resenhas.>
ZECA:
< TÔ CHAMANDO DE OBSTINADO.>
MÁRIO: <já copiei a cuspideira. tem outra que
me recomende? pegaremos umas três assim curtinhas e publicaremos na número
nove. peguei a procissão e a primeira namorada.>
2 de maio
MÁRIO: <Me ocorreu outro dia um título
perfeito para esse seu novo trabalho: Crônicas do filho da Carvoeira. Que
acha? Levando em consideração um dos títulos que você usou em uma das crônicas...>
13 de maio
MÁRIO: <e aí Zeca?>
ZECA: <fala mano!>
MÁRIO: <como vão as crônicas? selecionei umas
cinco para serem publicadas. até sugeri um título, CRÔNICAS DO FILHO DA
CARVOEIRA, pois que são bem autênticas.>
Hoje
ZECA: <TEM A GALINHADA AÍ?>
MÁRIO: <já estou lendo.>
ZECA: <JÁ ESTOU BEBENDO BRAHMA.>
MÁRIO: <ontem enchi a cara aqui em casa na
companhia do Victor Hugo que veio me visitar e me mostrar um texto novo.
e tuas crônicas estão maravilhosas, cara,
junte-as e publique em um livro.>
ZECA: <DEIXA ROLAR>
MÁRIO: <continue escrevendo. quero ver é o
circo pegar fogo e todos os palhaços morrerem queimados.>
ZECA: <PORRA! TÁ DOS VERA.>
MÁRIO: <ando numa angústia filha da puta!>
ZECA: <E EU CHEIO DE NOVIDADES>
MÁRIO: <o legal é que tu sabes bem afinar o
teu canivete
ele entra na carne do leitor
que ele nem sente
enquanto daqui eu cuspo fogo pelos olhos
e urino ácido na cara dessa gente.>
12:09
ZECA: SOMOS DA RAÇA DO ETERNO, OS OUTROS,
FANFARRÕES.
A GENTE É UNIDO.>
Fim da conversa no bate-papo
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sábado, 18 de maio de 2013
CENA DEZ
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