sábado, 16 de fevereiro de 2013

A GAROTA DO BANHEIRO



A GAROTA DO BANHEIRO

, imagine você ali sentado sozinho tomando sua costumeira cerveja no final de uma dessas tardes quentes e ociosas dos trópicos, aí então você a vê passar, aquela mulata acaboclada desfilando seu corpo ardente e tesudo bem em frente ao Relógio da Matriz, vestidinho curto, florido, exuberantes coxas, uma flor amarela no cabelo, um perfume ordinário de puta, não senhor, não é uma visão atrofiada de seu pau, a peça parece ter saído mesmo de um romance de Jorge Amado, você paga apressadamente as cervejas e a segue de membro duro pelo centro de sua cidade - o caçador atrás de sua presa - mas não se iluda, a presa pode ser você, você entra e sai das lojas em sua captura, embriagado que está pelo cheiro dela de puta no cio, imagina uma mulher sendo seguida, desejada? ela então para em uma das barracas de camelô e checa algumas calcinhas de lacinhos, aquilo faz bater forte o coração do seu pau, você estanca bem ao seu lado e arrisca em dizer, “essa aí com certeza ficará uma gracinha em você!” é o que você diz sem muita esperança, mas ela olha pra você e sorri, escolhe exatamente a que você falou: uma pecinha vermelha, cor de sangue, paixão, desejo, guarda-a em sua bolsinha à tira colo e sai rebolando provocativa sobre os saltos altíssimos, linda! corpo firme de sinuosidades perigosas, espécie rara de mulata acaboclada, talvez ignorante de seu valor no mercado negro, sei lá, você então caminha ao seu lado, ouvem casualmente uns assobios dos vendedores ambulantes e dos mais atiradinhos, ela sorrindo aponta na direção do porto, ah! aquela rosa amarela no cabelo, aquele seu cheiro de puta, OS SALTINHOS ALTOS VERMELHÍSSIMOS fazendo tok tok tok sobre os paralelepípedos, agora ela passa pela Alfândega e segue na direção do Bar Castanhola, bem ao lado do Mercado Municipal, você, é claro, atrás dela guiado pelo seu feromônio, “posso te pagar uma cerveja?” e ela aponta com o beiço para uma mesa vazia, sentam-se, você respira todo orgulhoso, “Ahhh”, as pessoas no bar, é claro, olham todos de uma só vez porque ela é uma morena muito gostosa, aquela flor em seu cabelo, aquele seu perfume ordinário de puta, bebem cerveja juntos, a brisa afrodisíaca que lambe seus rostos vem do Rio Negro, repare que ela fala muito pouco, mas presta uma atenção, você pergunta-lhe o nome, DO-LO-RES, a língua dela dá uma volta no céu da boca desenhando o próprio nome, lembrando LO-LI-TA, do Nabucov enquanto a noite vem luxuriante feito uma buceta de fogo, então ela diz, “vem comigo!” é estranho, eu sei, pois que ela entra no banheiro feminino com você logo atrás, um banheiro sujo e fedido,  sente que pode fodê-la ali mesmo naquele banheiro sujo, você então a encosta na parede, o que há de errado com o sexo, todo prazer é um bem e a vida e uma buceta bem quente, jovem, carnuda, ela então aperta as suas bolas e beija sua boca, levanta o vestidinho florido, tem uns peitos grandes e não usa nada por baixo de seu vestidinho de tecido finíssimo, a porta de madeira do banheiro não fecha direito, repare, você então força a porta com a perna direita, apoiando-se ao chão com a esquerda, de modo que fica numa posição bastante esdrúxula – IMAGINE  - e num esforço quase sobre-humano enfia-se dentro daquela buceta mulata, a foda mais estranha da sua vida, pois não? você a pega de jeito (cuidado pra não machucar a rosa no cabelo), morde-lhe o pescoço, os mamilos, lábios, as axilas dela que tem gosto de sal – AXILAS SALGADAS - você a vira de costas, o enorme bundão bem empinado projetando-se na sua cara, segura cada nádega daquela na palma de suas mãos, ela apoiada nos saltinhos buscando equilíbrio, o botão do cuzinho aparecendo, uma loucura sem tamanho, sem medição de tesão, você tenta por trás, meu camarada, mas o pau escorrega, cuida de metê-lo de volta, não que seja frouxa demais, até que é apertadinha, um pouco mais alta que você por causa dos saltinhos, o que dificulta um pouco, eu sei, mas você não desiste, foda de banheiro, mas então você consegue, mete fundo, encaixe perfeito, ela geme baixinho porque sente a rigidez do pau entrando e saindo de sua buceta suculenta, “enfia, enfia”, ela diz puxando-lhe pelos cabelos para mais dentro de si, quer sentir você morando dentro dela sem pagar aluguel, começa a gemer alto, você tapa-lhe a boca que é pra não ferrar, suas pernas tremem, cedem um pouco, mas vai metendo fundo com heroísmo, com bravura, no seco, na tora, quando sente que vai gozar, recua as estocadas, ela diz pra não parar, “não pare seu puto!” é o que ela diz mordendo seus dedos, se dependesse de você, ficaria ali dentro o resto da sua vida com o seu pau inflado parecendo um demoniozinho feliz e peralta entrando e saindo daquela gruta do pecado, mas agora ela quer experimentar pela frente, as pernocas morenas exuberantemente roliças apoiadas sobre o vaso sanitário - o corpo comprimido na parede, negócio de louco, Você então a penetra, é a vez dela morder-lhe  o pescoço, deixar-lhe marcas profundas na pele, você acelera nas estocadas, são como dois animaiszinhos sem política, sem conduta, sem ética no amor, ora, foda-se, sente que vai gozar, ela também, ai então chegam lá juntos como se houvessem cronometrado aquela foda fantástica, foda de banheiro,
II
,o sorriso dela agora é frio enquanto ela ajeita a rosa amarela no cabelo, o bom e velho batom vermelho de guerra ornando-lhe os lábios carnudos, ajusta agora o vestidinho colado e curto, está pronta para a guerra outra vez, ela então sorri, um sorriso frio, você enfim ouve a sereia cantar o seu preço, Cinquenta mangos não vai lhe fazer falta, vai? guarda a nota entre os seios volumosos, beija-lhe a boca e sai na frente, com você logo atrás,

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